Como Lidar com Pensamentos Negativos e Autocríticos
- 29 de jun.
- 3 min de leitura

Nossa mente é uma ferramenta poderosa, mas nem sempre ela trabalha a nosso favor. Pensamentos negativos e autocríticos podem se tornar verdadeiros obstáculos para o bem-estar emocional, afetando a autoestima, a motivação e a qualidade de vida. Aprender a reconhecer, compreender e transformar esses pensamentos é essencial para uma saúde mental equilibrada.
O que são pensamentos negativos e autocríticos?
Pensamentos negativos são aquelas ideias ou imagens mentais que tendem a focar nos aspectos ruins, nas falhas ou nos perigos, muitas vezes de forma exagerada ou distorcida. A autocrítica é uma forma específica de pensamento negativo, na qual a pessoa julga a si mesma com severidade, ressaltando defeitos e erros.
Esses pensamentos podem surgir em diferentes situações, especialmente diante de desafios, fracassos ou inseguranças, e podem se tornar padrões automáticos que prejudicam a forma como nos vemos e agimos.
Como esses pensamentos afetam a saúde mental?
A presença constante de pensamentos negativos e autocríticos pode gerar sentimentos de tristeza, ansiedade, culpa e vergonha. Eles alimentam um ciclo vicioso que pode levar à baixa autoestima, isolamento social e até a transtornos mais graves, como a depressão.
Além disso, esses pensamentos influenciam nosso comportamento, podendo levar à procrastinação, à autossabotagem e a dificuldades em estabelecer relações saudáveis.
Identificando padrões de pensamento negativos
Alguns exemplos comuns incluem:
Generalização exagerada: “Eu sempre erro em tudo que faço.”
Pensamento “tudo ou nada”: “Se não for perfeito, é um fracasso.”
Filtro negativo: Focar apenas nos aspectos ruins de uma situação, ignorando o positivo.
Catastrofização: Imaginar o pior cenário possível, mesmo sem evidências.
Personalização: Achar que tudo que acontece é culpa sua.
Reconhecer esses padrões é o primeiro passo para começar a transformá-los.
Estratégias para lidar com pensamentos negativos e autocríticos
Pratique a atenção plena (mindfulness): Observe seus pensamentos sem julgamento, como se fosse um observador. Isso ajuda a distanciar-se das ideias negativas e a não se identificar completamente com elas.
Questione seus pensamentos: Pergunte-se se aquele pensamento é realmente verdadeiro, se há evidências que o contradizem, ou se está exagerando.
Reformule suas crenças: Substitua frases autocríticas por afirmações mais realistas e compassivas, como “Estou fazendo o meu melhor” ou “Errar faz parte do aprendizado”.
Escreva seus pensamentos: Colocar no papel ajuda a organizar as ideias e a perceber padrões repetitivos que podem ser modificados.
Busque atividades que promovam o bem-estar: Exercícios físicos, hobbies, socialização e momentos de lazer fortalecem a mente contra o negativismo.
Procure apoio profissional: Psicoterapia é um espaço seguro para trabalhar crenças negativas e desenvolver estratégias personalizadas.
Cultivando a autocompaixão
Ser gentil consigo mesmo(a) é fundamental para quebrar o ciclo de autocrítica. A autocompaixão envolve reconhecer que todos erram e enfrentam dificuldades, e tratar a si mesmo(a) com a mesma compreensão que ofereceria a um amigo querido.
Pesquisas indicam que pessoas com altos níveis de autocompaixão têm melhor saúde mental, mais resiliência e maior satisfação com a vida.
Lidar com pensamentos negativos e autocríticos é um processo que exige paciência, consciência e prática. Mas é possível transformar essa voz interna em uma aliada, promovendo mais equilíbrio emocional e autoestima.
Inicie sua jornada observando seus pensamentos, questionando suas crenças e cultivando a gentileza consigo mesmo(a). E lembre-se: buscar ajuda quando necessário é um ato de coragem e cuidado.
Obrigada e Até Breve.
Psicóloga Bruna Duarte.